Uma mulher grávida de gêmeos havia sete meses perdeu os dois filhos depois de tentar fazer o parto em dois hospitais públicos de Belém (PA). A polícia investiga se houve omissão de socorro. Raimundo Farias saiu de casa de madrugada com a mulher e não conseguiu atendimento na Santa Casa de Misericórdia nem no Hospital das Clínicas, onde os leitos estariam todos ocupados. Ele acionou os bombeiros, que levaram a grávida de volta à Santa Casa. Ela deu à luz ao primeiro bebê dentro da ambulância, mas a criança já nasceu morta. A mulher foi socorrida no hospital durante o parto do segundo bebê, que também estava morto. As informações são do Jornal Nacional.
Um dos bombeiros deu voz de prisão à obstetra Cynthia Lins, que foi ouvida na delegacia e liberada, acusando o militar de abuso de poder. "Em nenhum momento houve omissão de socorro. O que houve foi um esclarecimento junto ao Corpo de Bombeiros e à família da superlotação que nós nos encontrávamos no momento. Já pedimos uma perícia do Instituto Médico Legal. Essas crianças já nasceram mortas", se defendeu a obstetra. A mulher fazia pré-natal na própria Santa Casa, e sua gravidez era considerada de risco. A direção do hospital informou que, desde sexta-feira, tem orientado pacientes a procurar outras maternidades devido à superlotação da UTI neonatal. "De 107, hoje estamos com 123 recém-nascidos, recebendo cuidados intensivos. Extrapola qualquer condição, coloca até em risco os que já se encontram internados", avaliou a presidente da Santa Casa, Maria do Carmo Lobato. "Tudo leva a crer que, no mínimo, houve omissão de socorro", sustenta a delegada Maria do Socorro Picanço, acrescentando que apenas o laudo do IML permitirá conclusões seguras sobre o caso.
Fonte: Terra
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